Teologia Saudável

Quando a Glória Deixa de Ser de Cristo: Um Alerta Urgente ao Coração do Ministério

Lampada apagada

Há um perigo sutil e devastador que ronda os corredores do ministério cristão, tenha você um cargo eclesiástico ou seja você um “simples colaborador” nas atividades da igreja. Ele se veste de zelo, se mascara de competência, se alimenta de elogios e se esconde em justificativas piedosas. É a glória própria — o desejo do coração caído de ser visto, celebrado e reverenciado. No capítulo intitulado “Glória Própria” do livro Vocação Perigosa, Paul Tripp desmonta esse ídolo com precisão cirúrgica, mostrando como ele pode transformar pastores em reis autodeclarados e líderes em homens espiritualmente cegos, ainda que funcionalmente ativos. Neste texto, vamos refletir sobre como a glória própria pode contaminar o ministério, como Cristo nos deu um modelo radicalmente diferente, e por que somente a graça redentora pode nos restaurar quando tomamos o trono que só pertence a Deus.

Soli Deo Gloria – Somente a Deus Toda Glória

Coroa Real

A glória de Deus é um tema central nas Escrituras e na vida cristã. Muitas vezes, somos tentados a buscar reconhecimento humano ou a medir a espiritualidade pelo desempenho e pelos resultados visíveis. No entanto, a Palavra de Deus nos ensina que somente Ele deve ser glorificado em todas as áreas da nossa vida. Como servos e mordomos, somos chamados à fidelidade, não à performance. Esse príncipio fundamental está resumido na expressão latina Soli Deo Gloria (“Somente a Deus toda glória”), um dos pilares da Reforma Protestante.