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“Eu e Minha Casa Serviremos ao Senhor”: a Decisão que Transforma Famílias

Texto base: Josué 24.1–28

Quando Josué reuniu todo o povo em Siquém, ele não estava apenas fazendo um discurso final. Ele estava guiando Israel a um momento de decisão. Depois de anos de lutas, conquistas e da fidelidade de Deus se manifestando de forma visível na história do povo, Josué os chama à memória — lembra como tudo começou com Abraão, como Deus libertou, protegeu, sustentou, venceu batalhas por eles. E então, diante de um povo que começava a flertar com outros deuses, ele faz uma declaração firme, clara e inesquecível:

“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.15b).

Essa não foi apenas uma escolha pessoal, mas um ato de liderança espiritual. E, ao encerrarmos o mês da família, essa passagem nos desafia a refletir: que tipo de liderança estamos exercendo em nossos lares? Como a nossa casa tem respondido ao chamado de servir ao Senhor?

Vamos observar três verdades desse texto que nos desafiam como famílias cristãs, sempre à luz de Cristo.

1. Numa família cristã, o líder lidera

Josué não hesita. Ele não espera o povo decidir para depois se posicionar. Ele dá o exemplo. Sua liderança não era apenas de palavras, mas de vida. Mesmo que outros vacilassem, ele reafirma seu compromisso com Deus — um compromisso firmado no passado, mas renovado com convicção no presente.

Essa postura nos ensina que o líder espiritual da casa — seja pai, mãe, ou alguém que Deus levantou — precisa conduzir sua família com clareza, amor e firmeza. Líderes falham, sim. Mas a graça de Cristo nos alcança e nos permite recomeçar. O importante é não perder o norte: servir ao Senhor, sempre.

“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1Co 11.1)

2. Famílias que experimentam Deus, fazem boas escolhas

A escolha de Josué não foi emocional, foi fundamentada. Ele olhou para trás e viu a mão de Deus conduzindo Israel em cada etapa. Escolher servir ao Senhor fazia todo sentido diante de tudo o que o Senhor já havia feito.

Nas famílias cristãs, as boas escolhas vêm da experiência com Deus. Dificuldades surgem, sim. Mas em cada uma delas há uma oportunidade de aprendizado, de comunhão mais profunda, de testemunho.

O mesmo Deus que cuidou de Israel cuida de nós. Ele não mudou. Como está escrito:

“Porque eu, o Senhor, não mudo…” (Ml 3.6)

3. Famílias que servem ao Senhor influenciam outras

Quando uma família decide servir a Deus de forma séria, ela se torna uma luz ao redor. O testemunho de uma vida piedosa é um memorial vivo. Josué não apenas fez uma declaração, ele ergueu uma pedra como testemunha daquele compromisso — um sinal visível de que o Senhor havia sido escolhido ali.

Quantas vezes Deus nos livrou das nossas próprias escolhas ruins? Quantas vezes Ele nos protegeu, lutou por nós e nos mostrou graça? Nossa história também é cheia de marcos que nos lembram: Deus é fiel.

Ao lembrar disso, que possamos encorajar outros — familiares, colegas, vizinhos — a também fazerem essa escolha.

“Resplandeça a luz de vocês diante dos homens…” (Mt 5.16)

Conclusão

A decisão de Josué ecoa até hoje como um chamado à liderança, à fé e à firmeza:
“Escolham hoje a quem vocês vão servir…” (Js 24.15a)

Que, assim como Josué, cada um de nós possa dizer com convicção:
“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”

Sirva ao Senhor com sua família. Assuma a liderança espiritual do seu lar. Seja um exemplo para os seus filhos. Reúna-se ao redor da Palavra. O caminho é desafiador, mas não estamos sós. Em Cristo, temos forças renovadas e esperança constante.

E quando os nossos filhos crescerem, que olhem para trás e digam: “Aprendi a amar e servir a Deus porque vi isso dentro da minha casa.”


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