Teologia Saudável

Túmulo Vazio

A Cruz não foi o fim: a Vitória da ressurreição e o Senhorio de Cristo

A cruz do Calvário foi um dos momentos mais sombrios da história da humanidade. Aos olhos dos discípulos e dos adversários de Cristo, parecia que a jornada do Filho de Deus terminara ali, numa morte humilhante. No entanto, a Escritura nos ensina que aquele evento não foi o fim, mas a consumação do plano eterno de Deus para a redenção do Seu povo. A ressurreição ao terceiro dia confirmou o triunfo de Cristo sobre o pecado e a morte, garantindo a salvação daqueles que nEle creem. Neste post, refletiremos sobre a glória da ressurreição, a soberania de Cristo e a esperança que essa verdade proporciona à Igreja.

O Véu Rasgado e o Novo Caminho para Deus

Quando Jesus exclamou “Está consumado!” (João 19:30), Ele anunciava o cumprimento da obra redentora. O véu do templo se rasgou de alto a baixo (Mateus 27:51), simbolizando o acesso direto dos crentes ao Pai por meio de Cristo, nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 10:19-20). O sistema sacrificial do Antigo Testamento apontava para essa realidade: o sangue do Cordeiro de Deus foi derramado para remissão dos pecados de muitos (Mateus 26:28).

O Impacto Cósmico da Morte e Ressurreição de Cristo

A morte de Jesus abalou não apenas os corações dos que estavam ao pé da cruz, mas a própria criação. O evangelho de Mateus relata que houve trevas sobre a terra (Mateus 27:45), um grande terremoto e até mesmo a ressurreição de alguns santos (Mateus 27:52-53). Isso aponta para a magnitude do evento: a cruz não foi um fracasso, mas o centro da história da redenção.

A ressurreição ao terceiro dia provou que Jesus não era um simples profeta ou líder religioso, mas o próprio Filho de Deus com poder (Romanos 1:4). Paulo declara que, “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé” (1 Coríntios 15:17). Mas, como sabemos pela Escritura, Ele ressuscitou e vive eternamente, reinando soberanamente sobre todas as coisas (Apocalipse 1:18).

A Soberania de Cristo e a Resposta da Igreja

A ressurreição de Cristo confirmou o cumprimento das profecias messiânicas (Isaías 53:10-12; Salmo 16:10). Ele reina como o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apocalipse 19:16), e Seu nome é exaltado entre todas as nações. Os cristãos, como parte de Seu Reino, são chamados a proclamar essa verdade com ousadia e esperança.

A Igreja Reformada enfatiza que a salvação é exclusivamente obra de Deus, realizada por meio de Cristo e aplicada pelo Espírito Santo. Não há mérito humano na redenção, mas graça imerecida. Como bem colocou João Calvino, “a fé não é uma aprovação vazia, mas uma confiança firme e segura no coração”. Assim, nossa resposta à ressurreição deve ser adoração genuína e obediência reverente ao nosso Redentor.

Conclusão

A cruz não foi o fim, mas o começo de uma nova era: a era do Reino de Deus, inaugurado pela ressurreição de Cristo. Essa verdade deve encher o coração da Igreja de alegria e confiança. Jesus ressuscitou, e Sua vitória é a nossa esperança.

Neste tempo de Páscoa, que nossos olhos não estejam apenas voltados para o sofrimento da cruz, mas para a glória da ressurreição. Que possamos proclamar com convicção: “Cristo ressuscitou! Ele vive e reina para sempre!” (Lucas 24:6-7).

Sugestão de música sobre o tema:

“Adorado Rei dos Reis” ( Comunidade da Zona Sul / Davi Fernandes )


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